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A idéia do BLOG surgiu como uma tentativa de trazer informação médica de qualidade dirigida aos pacientes e público geral.
As informações contidas no Blog não substituem uma consulta. Consulte sempre o seu médico em casos de problemas de saúde.

Dra Alessandra Coutinho de Faria (alessandrafaria@cdbh.com.br)

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Deficiência de hormônio de crescimento (GH) no adulto: o que é isso??

O GH ou hormônio do crescimento exerce um papel fundamental para o crescimento das crianças. A sua falta, nessa fase da vida, sempre leva à baixa estatura. 
Mas o GH também é produzido, em quantidades pequenas, no adulto. No adulto a falta do hormônio do crescimento leva a redução da massa magra e aumento da massa gorda, ou seja, aumenta o percentual de gordura do corpo. Ocorre também aumento do LDL (o chamado "colesterol ruim") e diminuição do HDL, o chamado colesterol "do bem".  Os estudos em pessoas com deficiência de GH na fase adulta mostram que essas pessoas tendem a apresentar maiores alterações do humor e são mais propensas à depressão.
Porém, essas informações devem ser interpretadas de maneira criteriosa. Assim, foi extrapolando esses dados que muitos atletas e praticantes de musculação começaram a utilizar o GH, de maneira totalmente equivocada e sem qualquer indicação médica. O objetivo dessas pessoas era ganhar músculos e reduzir a quantidade de gordura do corpo. Mas é aí que está  o problema. O excesso de GH também é perigoso para a saúde. Ele eleva a glicose (pode provocar diabetes), aumenta o risco de insuficiência cardíaca e parece favorecer o crescimento de tumores malignos.
Assim, a conclusão dos estudos mais recentes é de que a reposição de GH no adulto apenas deve ser utilizada em quem não o produz ou o produz em quantidades muito pequenas (deficiência grave). 
É sempre bom frisar que a falta de GH, seja em adultos ou crianças, é uma condição muito rara e só um médico tem condições de avaliar o risco de um paciente possuir essa doença e, se for o caso, indicar o melhor tratamento.

Novidades do Simpósio Internacional de Neuroendocrinologia (SINE)

Aconteceu na semana passada (21 a 23 de abril/2010) o XV SINE, um simpósio internacional de neuroendocrinologia. Para quem não sabe a neuroendocrinologia é um ramo da Endocrinologia que estuda as alterações da hipófise. A hipófise é um glândula pequena localizada na base do cérebro que possui várias funções importantíssimas no nosso organismo. Ela é o centro mais importante de comando da produção hormonal. Isso porque ela produz os hormônios que vão estimular os ovários, os testículos, a tireóide, as suprarrenais etc. Ela também produz a prolactina, importante na produção do leite materno mas que se aumentada pode levar a perda de libido, impotência sexual, alterações menstruais e infertilidade. A hipófise produz também o GH, que é o hormônio responsável pelo crescimento em crianças. Além disso a hipófise pode abrigar diversos tipos de tumores que, embora geralmente benignos, podem levar a perda de visão, dor de cabeça e deficiências de diversos hormônios. 
Eu estava lá e vou postar durante a semana as principais novidades que foram ditas nesse congresso.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Anabolizantes: pesquisa sobre o uso nos EUA

Pesquisa realizada na Universidade de Boston nos Estados Unidos comprova que o uso de esteróides anabolizantes continua sendo frequente em atletas e não atletas com o objetivo de dopping ou ganho de massa muscular.
Apesar dos riscos para a saúde há uma grande oferta e facilidade de aquisição dessas substâncias.
A lista de medicações usadas com essa finalidade tem crescido e inclui gonadotropinas, inibidores da aromatase, precursores  androgênicos e moduladores seletivos dos receptores de androgênio.
O uso de anabolizantes está associado com morte prematura por doenças cardiovasculares além da supressão da produção de espermatozóides, aumento de tamanho da mama e virilização (surgimento de caracteres masculinos, como barba , voz grossa etc.
Mais estudos são necessários para definir o mecanismo de dano ao coração com o uso dessas medicações. Ainda sabe-se pouco sobre como reverter a infertilidade e recuperar a função reprodutiva nas pessoas que fizeram uso dessas substâncias.

Alimentos calóricos viciam?

Lendo as atualizações do site da ABESO (Associação brasileira  para o estudo da obesidade) encontrei uma matéria interessante: leiam o trecho extraído de lá:
Alimentos Muito Calóricos Viciam como Drogas
Pesquisa feita no Instituto de Pesquisas Scripps, na Florida, EUA, concluiu que o uso frequente e abusivo de alimentos com alto valor calórico pode viciar tanto quanto nicotina ou cocaína. Ou seja, mostrou que o consumo desse tipo de alimento pode desencadear no cérebro respostas semelhantes às de um dependente.
Publicado na revista Nature Neuroscience, o estudo identificou, em ratos com sobrepeso, queda nos níveis de dopamina – substância ligada à sensação de prazer - semelhante ao que ocorre com dependentes de drogas.
O autor do estudo, Paul Kenny, explica que o trabalho se baseou em dois tipos de alimentos: aqueles com alto valor calórico e comidas consideradas saudáveis, oferecidos para três grupos de ratos. O primeiro recebeu dieta balanceada; o segundo grupo foi contemplado com comida saudável, mas durante uma hora, diariamente, tinha acesso a alimentos com alto valor calórico; e os do terceiro grupo receberam unicamente uma dieta calórica. Este último grupo logo se tornou obeso.
Paul Kenny afirmou ao final da pesquisa que a obesidade pode gerar compulsão por alimentos. E mais: que “tratamentos aplicados em outras formas de compulsão, como o vício em drogas, podem ser eficazes na terapia contra a obesidade”. 

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dificuldade de ereção pode ser causada por alterações hormonais. Você sabe o que é PROLACTINA?

Essa semana a revista New England Journal of Medicine, uma das mais respeitadas na área médica, trouxe uma revisão muito interessante. O artigo em questão relatou o caso de um homem de 42 anos com diminuição da libido e disfunção erétil. Foi realizada a dosagem da prolactina no sangue desse homem que estava muito aumentada. 
A prolactina é um hormônio produzido por um órgão pequeno, a hipófise,  localizado na base do cérebro. Esse hormônio é responsável pela produção de leite nas mulheres no período da gravidez e amamentação. 
Normalmente esse hormônio está presente em homens e mulheres em quantidades bem pequenas. 
Quando, por qualquer razão, ocorre aumento da prolactina vários sintomas podem surgir. Nas mulheres pode ocorrer irregularidade menstrual, infertilidade, produção de leite  e osteoporose. No homem além da produção de leite e da osteoporose pode ocorrer distúrbios da ereção, infertilidade e perda da libido.
Existem muitas causas de aumento anormal da produção de prolactina. As mais comuns são uso de alguns medicamentos e tumores cerebrais.
No caso citado na revista o paciente possuía um tumor cerebral.
O tratamento mesmo em casos de tumores geralmente é feito apenas com medicamentos, com bons resultados. Em alguns casos raros pode ser necessário cirurgia ou radioterapia.
Só um médico pode definir qual a melhor opção.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vacinação H1N1 em obesos e diabéticos é prorrogada

A vacinação contra o vírus H1N1 (conhecido como agente da gripe suína) foi prorrogada até o dia 23 de abril para os portadores de doenças crônicas. Entre esses incluem a população com diabetes e os portadores de obesidade grau 3 (antiga obesidade mórbida). O objetivo é proteger esses grupos vulneráveis contra as formas respiratórias graves da doença.
 O calendário inicial encerrava em 2 de abril a vacina para essas pessoas.

terça-feira, 30 de março de 2010

ANVISA restringe o uso da sibutramina

 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta terça-feira, dia 30/03/2010, no Diário Oficial da União, resolução em que adota medidas restritivas na prescrição e venda de medicamentos que contenham a substância emagrecedora sibutramina. A partir desta publicação, a substância entra para a lista dos psicotrópicos anorexígenos – foi remanejada da lista C1 para a lista B2 -, o que muda a tarja do medicamento de vermelha para preta e exige que seja prescrito no receituário azul.

S
egundo a 
Resolução (RDC nº 13, de 26 de março de 2010), as empresas detentoras do registro de medicamentos a base de sibutramina terão prazo de 180 dias para providenciar “as alterações necessárias ao cumprimento da Portaria SVS/MS nº 344/98”. Até o termino do prazo, os medicamentos com sibutramina ainda com tarja vermelha poderão ser vendidos normalmente, mediante a retenção da receita emitida em receituário azul.
Proibição e Alertapolêmica da sibutramina  começou a repercutir no Brasil principalmente quando, em janeiro deste ano, a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) proibiu a venda e prescrição da substância no continente europeu.
Conforme divulgado na ocasião, a decisão se baseou em dados preliminares do Estudo SCOUT (Sibutramine Cardiovascular  OUTcomes Trial). Em seguida, a ABESO e o Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) publicaram um 
Posicionamento Oficial.
Na ocasião, a Anvisa decidiu não proibir de imediato o uso da substância e optou por lançar um alerta aos médicos sobre a necessidade de uma avaliação cuidadosa dos pacientes, antes de se decidirem pela prescrição da substância. 

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